Oeiras disponível para entrar no capital da Carris

04-07-2025

“Oeiras está disponível, e Lisboa até devia agradecer. Lisboa e o Governo, desabafa Isaltino Morais

A disponibilidade de Oeiras para participar no capital social da Carris, empresa que opera o serviço público rodoviário na capital portuguesa, foi manifestada pelo autarca de Oeiras, durante a apresentação do projeto de ligação BRT entre os dois concelhos e Lisboa parece não se opor e até demonstrou disponibilidade para tal acontecer.

Do lado de Oeiras, o autarca, Isaltino Morais e do lado de Lisboa, o autarca, Carlos Moedas, a representarem os dois concelhos que vão ficar unidos também por transporte elétrico em via dedicada, numa apresentação marcada pela manifestação de interesse de Isaltino Morais -  “Oeiras está disponível para entrar no capital da Carris, e Lisboa até devia agradecer (…) Lisboa e o Governo. 

O autarca explicou o interesse, “Oeiras está disponível pela mesma razão que agora pretendemos este BRT de Algés a Benfica, a Alcântara, ou seja, faz todo o sentido que o município participe nas empresas de transporte público que servem o seu território e frisou que “dê prejuízo, ou dê lucro”, o município está disposto a assumir a sua responsabilidade, mas terá de ser estudada a forma de poder entrar no capital desta empresa municipal sob tutela da autarquia de Lisboa.

Para Isaltino Morais não se Tata de querer entrar na empresa “para controlar” e, como tal, terá de ser “na medida e na percentagem correspondente àquilo em que o território é servido, ou passa a ser servido.”

Já Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas, fez saber que tal possibilidade existe, até porque a sede da Carris se encontra implementada em Miraflores, no concelho de Oeiras. Mas o autarca adiantou também que “nós temos de deixar de pensar na mobilidade como alvo de município para uma mobilidade que é urbana e metropolitana, mas onde Lisboa tem um papel central e sublinhou que é em Lisboa, cidade de 546 mil habitantes, que quase um milhão de pessoas entram e saem todos os dias, considerando que a Carris não é uma empresa para dar lucro, mas também não dá prejuízo, é uma empresa que, sem prejuízo ou lucro, é uma empresa que deve servir as pessoas.

A Câmara Municipal de Lisboa gere a empresa desde 2017. De acordo com dados da Carris, em 2024 faziam parte do universo da empresa 777 autocarros, 64 elétricos, três ascensores e um elevador e 1.823 tripulantes entre motoristas e guarda-freios, num total de 2.505 trabalhadores da empresa.

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